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Economia Prateada Uma revolução na economia e na sociedade

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Considerada a terceira maior atividade do mundo, setor está em crescimento e representa um universo de oportunidades para empreendedores, indústria, bens e serviços.

Com o avanço da longevidade no Brasil e no mundo, o perfil do consumidor e do empreendedor vêm mudando, dando mais espaço para o protagonismo longevo.

A chamada Economia Prateada, termo utilizado para se referir ao mercado econômico relacionado à população 50+, envolve uma variedade de produtos e serviços destinados a atender às necessidades e desejos desse grupo, como saúde, lazer, turismo, vestuário, tecnologia, produtos alimentícios, imóveis, entre outros. Robusta e com um enorme potencial, essa economia detém números impressionantes e demonstra cada vez mais seu papel de destaque no desenvolvimento econômico do futuro.

Economia – A Economia Prateada é a terceira maior atividade econômica do mundo, responsável por movimentar mais de US$ 15 trilhões ao ano, número maior do que o PIB da China. No Brasil, de acordo com as estimativas da consultoria Data8, essa economia tem um PIB de mais de 2 trilhões de reais e está em franco crescimento.

O Brasil conta hoje com mais de 56 milhões de consumidores 50+ em todas as áreas da economia. Isso representa um grande potencial para o mercado, uma vez que longevos detém mais patrimônio, renda e, diferente dos jovens, não têm preferência por marcas distintas. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstra que, em linhas gerais, o poder aquisitivo de pessoas com mais de 65 anos é maior. Eles correspondem a 17% da fatia dos 5% mais ricos, enquanto representam apenas 4% da grande fatia dos 40% mais pobres.

Descompasso – Em alguns shopping centers, este público já é o mais significativo e atrai por ter disponibilidade de compras e prezar pela qualidade e não pelo preço. Entretanto, mesmo com dados tão expressivos, ainda há desconhecimento e falta de preparo por parte do mercado em atender esse grupo.

Segundo pesquisa feita pela agência FleishmanHillard, 72% dos longevos entrevistados disseram que reconhecem despreparo nas lojas, e outros 65% disseram que não acreditam na adequação de marcas para atender às suas necessidades. Enquanto isso, 52% afirmaram ter dificuldades para encontrar produtos que atendam suas vontades.

As oportunidades para as empresas são diversas, visto que um levantamento da PipeSocial com a Hype60+ mostrou que 52% das pessoas 60+ entrevistadas não são fiéis a nenhuma marca. Com o público acima dos 75 anos, esse número é ainda maior: 74% dizem não ter marca favorita.

Esse consumo de bens, produtos e serviços pelo público sênior só tende a crescer. De acordo com o The Boston Consulting Group, o crescimento do consumo até 2030 vindo de consumidores com 55 anos ou mais nos Estados Unidos será de 50%. Já na Alemanha, esse percentual chegará a 80%.

“Os números refletem a necessidade urgente de compreensão, estudo e aprimoramento por parte de empresas e empreendedores. O potencial de consumo do público longevo é gigante e irá pautar a economia dos próximos anos”, destaca o presidente da Longevidade Expo+Fórum, Walter Feldman.

E-commerce – E que não se pense que os longevos estão restritos ao consumo analógico. Muito pelo contrário. A faixa etária de consumidores com mais de 50 anos foi a que mais cresceu no e-commerce em 2021 (Pesquisa Nielsen IQ ebit em parceria com a Bex Pay). Quem tem 50 anos ou mais respondeu por 33,9% dos pedidos online, indicando um novo perfil de comportamento, visto que esta foi a primeira vez que essa faixa etária ultrapassou a dos adultos de 35 a 49 anos (33,2%), historicamente o maior público que compra pela internet. Os motivos para o crescimento são muitos, mas, a comodidade e a autonomia de avaliação e escolha do produto sem interferências externas ou pressão são alguns dos exemplos citados pelos consumidores.

Outra pesquisa da Data8 confirma ainda esse crescimento também nas faixas-etárias mais elevadas. De acordo com o estudo realizado com pessoas 65+, 78% delas afirmam que a internet está presente diariamente em sua rotina e 58% do grupo navega pelo universo do e-commerce.

Empreendedorismo – A participação do público longevo no mercado de trabalho e no empreendedorismo é outro destaque importante quando o assunto é Economia Prateada. De acordo com dados do Sebrae, mais de 650 mil idosos estão atuando como empreendedores – 10,8% dos que ainda não o fizeram admitem ter vontade. Cerca de 3,1% das pessoas que empreendem no país têm mais de 60 anos.

A ideia de estagnação após a aposentadoria já não faz parte da realidade dos longevos no Brasil. Segundo o IBGE, 22% dos maduros permanecem trabalhando depois dos 60 anos. Outro dado importante: 9 em cada 10 brasileiros acima de 60 anos ajudam financeiramente suas famílias (Fonte: SPC Brasil/2020).

Durante a edição de 2022, a Longevidade Expo+Fórum debateu amplamente o mercado de trabalho para pessoas 50+ e a expansão das SilverTechs. Parceiros do evento, como a Maturi e a Lab60+, apresentaram em painéis e rodas de conversas as vantagens de equipes e empresas multigeracionais e o conceito de “economia gig”, também conhecida como “economia compartilhada”, que é quando empresas ou empregadores optam por contratar funcionários independentes (freelancers) em um regime de trabalho flexível, sendo essa uma ótima oportunidade para os longevos.

Tecnologia – A nova geração longeva não tem medo de usar tecnologia, principalmente dispositivos móveis. O aplicativo WhatsApp, por exemplo, é uma das redes sociais mais utilizadas por idosos no Brasil, segundo dados do estudo realizado pela CNDL juntamente com o SPC Brasil. De acordo com o levantamento, 92% das pessoas com 60 ou mais usam whatsapp diariamente. Sua utilização pode ser feita através de mensagens escritas ou áudios, o que facilita a comunicação e adesão por parte desse público. Os dados favorecem o desenvolvimento de softwares e aplicativos para serviços e facilidades voltadas aos 50+.
Longevidade Expo+Fórum Presencial e Digital – Com 4 edições já realizadas, a Longevidade se firmou como o maior evento voltado para o público sênior do Brasil e da América Latina, com mais de 800 palestras já realizadas, onde todos os temas que envolvem os interesses dos longevos foram debatidos com lideranças e personalidades ligadas à economia, indústria e serviços, além de governos e sociedade. Mais de 2 milhões de pessoas foram impactadas e a 5a. edição acontecerá de 29 de setembro à 01 de outubro/2023, no Expo Center Norte+Youtube+Redes Sociais, coincidindo seu último dia com a data em que se comemora o Dia Internacional do Idoso no Brasil e no Mundo.

Silver Week – Com o objetivo de dar destaque e explorar o potencial da Economia Prateada, o mercado vem aderindo desde 2022 à Silver Week, uma semana voltada para atrações, promoções e descontos exclusivos para o público sênior. No ano passado, uma parceria da Longevidade Expo+Fórum com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) levou 31 centros comerciais de todo o país a realizarem promoções, campanhas publicitárias locais, atividades e interações que movimentaram o público durante 11 dias e dois finais de semana. A edição 2023 acontecerá de 22 de setembro a 01 de outubro e tem como meta chegar a mais de 250 shoppings em todas as regiões do Brasil.

Também na edição 2023, que em seus ultimos 3 dias coincide com a realização da Longevidade Expo+Fórum, a Silver Week deve ampliar a sua abrangência para as lojas independentes e o comércio de rua, com uma parceria firmada com a Associação Comercial de São Paulo que levará a iniciativa para milhares de varejistas em todo o Estado de São Paulo.

Além disso, o assunto será tema do 2º Simpósio Silver Economy, evento de conteúdo exclusivo que reunirá especialistas no mercado longevo na Longevidade 2023. “Nosso objetivo é fomentar a economia prateada através de ações como a silver week e a silver economy, a fim de mostrar para as pessoas o peso e a importância que a longevidade tem como força produtiva e participativa na sociedade. Erroneamente associava-se a economia longeva apenas à saúde e cuidados, deixando de fora um universo de produtos e serviços que são desejados e consumidos por esse público. Já é passada a hora de nos prepararmos para esse novo momento social e econômico”, destaca Feldman.

No Brasil, a Economia Prateada tem um grande potencial, uma vez que a população longeva vem crescendo de forma expressiva, inclusive, ultrapassará o número de crianças em 2030. Além de favorecer e atender à longevidade, a Economia Prateada contribui para a geração de empregos em diversos setores, contribuindo diretamente para a melhoria da economia brasileira. Para aproveitar esse potencial é necessário que empresas passem a investir desde já em inovação e em políticas públicas que incentivem o desenvolvimento de negócios voltados para o público sênior.

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